Vida de Intercambista na Austrália - Thamires Waechter

Diretamente de Sydney na Austrália nossa aluna Thamires Waechter conta sobre a sua experiência na terra dos cangurus.

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Diretamente de Sydney na Austrália nossa aluna Thamires Waechter conta sobre a sua experiência na terra dos cangurus.

Porque você resolveu fazer um Intercâmbio?

Resolvi fazer um intercâmbio pois já tinha viajado para o exterior duas vezes. A cultura brasileira é algo sensacional, porém decepcionante em alguns aspectos. Os quesitos educação, falta de emprego, salários baixos, coisas que não funcionam só aumentaram minha vontade de sair do país. Quando viajei pela primeira vez, em 2010, foi quando decidi que não queria mais voltar para o Brasil, afinal existem outras culturas, outros hábitos, outras formas de ver as coisas. Em 2014, terminei a faculdade e senti que era a hora de embarcar em um intercâmbio mais longo, de ir para ficar, afinal estava formada e sem emprego, não tinha mais nada que me prendesse ao país.

Porque você optou pela Austrália?

Antes da Austrália, conheci o Canadá e os Estados Unidos. Me encantei por ambos, mas ainda faltava algo. Conversei com algumas pessoas que já tinham feito intercâmbio em Sydney e todas falaram muito bem da cidade, da cultura, das oportunidades de emprego. Outro ponto positivo é que o visto de estudante permite trabalhar, diferente do Canadá e EUA.

O que mudou na sua vida desde a chegada na Austrália até agora?

Minha vida mudou do avesso desde que cheguei. A vida que levo aqui é muito diferente da que levava no Brasil e eu gosto dessa mudança. No Brasil, mesmo trabalhando, tinha uma vida muito confortável. Aqui é completamente diferente. A Austrália é uma adrenalina diária, nunca se sabe o que vai acontecer no minuto seguinte, pois as coisas aqui mudam muito rápido, os sentimentos são muito mais intensos. No início, no meu primeiro mês, as coisas eram muito mais fáceis. Cheguei com dinheiro para o primeiro mês e morava em homestay, o que significa que não precisava pagar aluguel nem cozinhar nem limpar a casa. Eu era mais mimada na homestay do que na casa dos meus pais no Brasil! Porém, a casa era muito longe da escola e eu acabava gastando muito em transporte, por isso me mudei para um apartamento mais no centro de Sydney. E foi aí que tudo mudou. Comecei a pagar aluguel do meu próprio bolso, aprendi a cozinhar, lavar, limpar.

Sua maior dificuldade foi?

Passei muito aperto com relação a dinheiro, afinal o começo não é fácil. Tem que batalhar até surgir o primeiro emprego. Em 4 meses, já trabalhei de cleaner de office, house, fiz bicos como waitress, entreguei flyers na rua e por aí vai. Foi no meu primeiro emprego como cleaner em uma empresa que consegui levantar dinheiro. A partir do momento que você começa a fazer contatos, conhecer gente, as chances aumentam, pois emprego por indicação é sempre mais fácil. Outra coisa difícil de entender é o sotaque dos australianos, muito diferente do norte-americano. Eu cheguei na Austrália com inglês avançado e, até hoje quando converso com um aussie tem vezes que preciso pedir para ele repetir e falar mais devagar, pois tem uns com um sotaque bem carregado.

Sua maior felicidade foi?

Foram muitos os momentos de felicidade. Quando pisei em Sydney pela primeira vez, quando conheci a primeira praia australiana, quando vi o Opera House pela primeira vez, quando consegui o primeiro emprego (aliás, é uma felicidade a cada novo emprego que consigo), quando conheci pessoas novas, tanto brasileiros como de outras culturas.

O que mais gosta de fazer em Sydney nas horas vagas?

Quando tenho um tempo livre, é clássico: a brasileirada se junta na praia para fazer churrasco ou mesmo ficar de bobeira. Isso eu adoro na Austrália, tudo é praia, parque, tudo ao ar livre. Agora que está chegando o inverno é mais difícil sair, mas sempre rola festas, bares.

Em relação a amizades, conheceu bastante gente?

Conheci muita, muita gente. Tem muitos brasileiros em Sydney e é impossível fugir deles. É ótimo ter amigos brasileiros pois são eles que te ajudam quando você precisa. Meus amigos mais chegados são todos brasileiros e a gente brinca que somos uma família aqui na Austrália. Mas também tem o pessoal de outros países, como por exemplo meus colegas de escola, a maioria asiático. Tem muita gente da Tailândia, Indonésia, Malásia, Japão, Coreia. Já cheguei a ir para bar e balada só com asiáticos e me diverti muito. São culturas completamente diferentes, mas que se complementam. Tem também minhas housemates, que são super gente boa. Moro com meninas do Japão, Indonésia, Filipinas, Inglaterra e França. Nos entendemos super bem e é ótimo morar com estrangeiros para praticar o inglês.

Por que você indicaria as pessoas a conhecerem Sydney?

Sydney é maravilhosa e tem opções para todos os gostos. Dá para morar na praia, dá para morar longe dela, dá para morar no meio do agito, dá para morar na tranquilidade. Tem festas e bares para todos os gostos e restaurantes de todas as culturas, como brasileira, indiana, tailandesa, japonesa. Tem imigrantes de todos os lugares aqui, o que faz com que você fique conectado a culturas de tudo que é parte do mundo.

No seu ponto de vista, qual é o beneficio de fazer um Intercâmbio?

Aprendi e cresci muito desde que cheguei aqui. Aprendi a administrar meu dinheiro, controlar meu tempo por semana (aqui os salários são pagos semanalmente, o que significa que tem que pagar as contas por semana também, diferente do Brasil que é por mês), aprendi que dividir casa e quarto não é uma tarefa fácil e que respeito é a base de tudo. Aprendi sobre outras culturas, aprendi que nenhuma profissão é melhor ou pior do que outra, cada uma é digna de respeito. Fazer um intercâmbio vai mudar a vida, principalmente se você tem uma vida confortável. Passei alguns apertos aqui e agradeço por isso, afinal sinto que preciso dessa experiência. No início, estava feliz porque estaria longe de tudo e todos, porém houve momentos em que tudo que eu queria era pegar o primeiro avião para o Brasil e voltar à vida que eu tinha antes. Porém, logo percebo que o que realmente quero é ficar aqui. Amo a independência e a autonomia que tenho aqui. Hoje, pago minhas contas com meu próprio dinheiro, saio procurando emprego, tenho contatos, amigos, moro em um apartamento que adoro. Sinto que cresci muito, que resolvi minha vida, mesmo tendo muito o que aprender ainda e sei que muita coisa vai acontecer. Não me imagino mais sem essa adrenalina diária que é a Austrália, sem os amigos que fiz e a vida que criei aqui.

Thamires Waechter

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